O mundo hoje vive uma mudança em relação à escolha do meio de pagamento, com o consumidor deixando de lado as cédulas de dinheiro e se aproximando cada vez mais dos cartões e alternativas eletrônicas de pagamento.
Nós projetamos um aumento global de 5,5% no valor das transações por meio de cartões, atingindo um patamar de 23,3 trilhões, em 2017, enquanto o valor das vendas por meio de cédulas deverá decair 1%. Assim, espera-se que o valor das transações por meio de cartões ultrapasse, pela primeira vez, o valor por meio de cédulas em 2017.
Esse movimento está alinhado com uma megatendência chamada de premiunização que não indica somente a busca por produtos premium, mas também a demanda por uma experiência de pagamento diferenciada.
Cartões de débito substituem o dinheiro vivo no Brasil
No Brasil, os valores das transações por meio de cartões e cédulas aumentarão 5,5% e 4%, respectivamente, em 2017, seguindo a tendência global. Os cartões de débito continuarão a ter um desempenho melhor que os de crédito, com um crescimento esperado de 8% esse ano.
A tendência da substituição dos pagamentos em dinheiro vivo por cartão, principalmente de débito, deve ser uma tendência irreversível e especialmente relevante para compras de baixo valor, em função dos consumidores estarem se acostumando com a segurança e conveniência desse método de pagamento. À medida que o número de adquirentes que operam no mercado brasileiro aumenta de forma agressiva, espera- se não somente um aumento da penetração das máquinas de cartão (POS — point of sale), como também um crescimento acentuado dos métodos de pagamento de cartões.
Nós projetamos que as transações por meio de cédulas deixem de movimentar, globalmente, USD 725 bilhões até 2022. No Brasil, é esperado um crescimento modesto de 1% ao ano enquanto as transações por meio dos cartões devem crescer anualmente 5% no mesmo período (valores deflacionados, com preço constante de 2017).