O gim foi o destilado que apresentou o maior crescimento no volume total consumido no mundo em 2017, com aumento de 5% em relação ao ano anterior. O Brasil também segue a tendência global; enquanto o setor de destilados apresentou crescimento flat no volume total de vendas, o gim apresentou um crescimento surpreendente de 66%, movimentando 1,8 milhões de litros no país. O aumento garantiu que o Brasil subisse para 22ª posição no ranking global.
Em 2017, o consumo de gim já vinha crescendo nos últimos anos, mas era muito voltado aos grandes centros de consumo. Com o aumento da demanda, as empresas conseguiram expandir a atuação para novas áreas do país. Além disso, ano passado foi marcado pela entrada de marcas importadas ao país o que também colaborou pelo forte aumento em 2017.
Taxa de crescimento de destilados no Brasil
Fonte: Euromonitor International
Nota: Dados entre 2018-2022 são projeções
A projeção é que o volume de vendas total de gim continue a crescer, porém a um ritmo mais lento, com aumento de 17% ao ano até 2022, ano no qual o Brasil deverá assumir a 17ª posição global. O gim é hoje o 7º destilado mais consumido no Brasil, representando menos de 1% do volume total consumido no país. No entanto, até 2022, deve representar cerca de 5% do total de destilados consumidos no Brasil – equiparando-se aos uísques. A cachaça continua a ser a queridinha do brasileiro, com mais de 70% de participação no segmento.
A falta de diversificação é um entrave para o desenvolvimento do gim no Brasil. Assim como acontece com a cachaça, o gim está fortemente atrelado a somente um drink, no caso, o gim e tônica. À medida que novidades cheguem ao mercado brasileiro, é esperado que o coquetel perca força e, consequentemente, haja uma desaceleração do consumo de gim. Houve uma movimentação similar com o Aperol, conhecido principalmente pelo drink Aperol spritz, que teve um pico entre 2012 e 2014 e depois começou a cair. Portanto, o desafio para indústria está exatamente em diversificar o cardápio oferecido ao consumidor.