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Um Bar no Meu Lar: Consumo Dentro de Casa é Alternativa Durante a Crise

10/16/2017
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Angélica Salado Bio
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Com 13,3 milhões de pessoas desempregadas segundo dados do IBGE no mês de agosto, mais do que nunca, o brasileiro age com cautela, cortando gastos não-essenciais. Até mesmo aquelas pessoas que estão empregadas agem como se não estivessem, com receio da instabilidade econômica do país. Dentro desse cenário onde o brasileiro repensa seus hábitos de compra, um dos segmentos mais afetados foi o consumo fora do lar (foodservice), que apresentou uma queda de aproximadamente 4% no número de transações entre 2011 e 2016, sendo que os bares e cafeterias foram os mais afetados.

Contudo, o brasileiro não está disposto a abrir mão dos momentos de socialização com amigos e familiares. Segundo o Global Consumer Survey 2017, pesquisa da Euromonitor realizada junto ao consumidor, 47% dos brasileiros consideram passar tempo com familiares ou amigos um fator importante para sua felicidade. E a solução encontrada por eles foi trazer os momentos de socialização para dentro de casa, beneficiando o varejo que apresentou crescimento de 39% no valor de vendas entre 2011 e 2016.

Um bom indicativo da tendência do consumo dentro do lar está na venda de embalagens no varejo versus no foodservice. Já que os segmentos mais afetados foram os bares e cafeterias, vamos usar como exemplo as embalagens de bebidas.  Enquanto no foodservice houve uma queda absoluta de 600 milhões de unidades (2%) de embalagens entre 2011 e 2016, no varejo houve um crescimento absoluto de 5,7 bilhões de unidades (14%) no mesmo período.

Embalagens de Bebidas no Varejo vs Foodservice - Volume line graph from 2011 to 2021.

Fonte: Euromonitor International

Engana-se, porém, quem pensa que dentro do lar o consumidor busca produtos mais simples e baratos. Uma vez que que ele está disposto a trocar o bar pelo lar, ele quer ser “recompensado” como uma experiência similar em termos de conveniência e qualidade dos produtos. E as marcas com posicionamento claro e que apresentam inovações em embalagens saem na frente nesses quesitos. Por exemplo, é bastante comum o consumo de diferentes tipos de petiscos junto à cervejinha nos bares. Porém, para reproduzir essa experiência dentro de casa normalmente seriam necessários vários recipientes e utensílios domésticos para servir o produto.Um caminho encontrado pela Benassi foi trazer em único produto cinco tipos de amendoins já separados dentro da embalagem em formato de bandeja e pronta para servir, assim eliminando a necessidade de qualquer item adicional.

Outro bom exemplo é sobre o consumo bebidas premium. Tornou-se bastante frequente entre os brasileiros o consumo de bebidas em cafeterias no período pré-crise (o número de transações nas cafeterias cresceu em média 3% ao ano entre 2004 e 2014), porém este foi um item cortado ou reduzido com o início da crise. Para não abrir mão completamente do consumo, o brasileiro buscou trazer para dentro de casa produtos que ofereçam a mesma experiência. Pensando nisso, a marca de chás Leão adicionou esse ano ao seu portfolio um chá premium, com sabores diferenciados e embalagens de seda, que custa aproximadamente 4x mais que sua linha tradicional. Por mais que seja um produto com um posicionamento de preço superior ao da marca tradicional, cada saquinho de chá sai em média R$ 2, o que ainda é muito mais barato que uma xícara de chá nos bares e restaurantes em geral.

Mais do que trazer um produto inovador, é possível criar uma nova experiência de consumo mesmo para produtos que já tem uma alta penetração, como é o caso do café torrado e moído. Tradicionalmente o preferido dos brasileiros, o café “coado” pode ser repensado do ponto de vista da embalagem e trazer uma experiência diferenciada e de alto valor. A marca de café Santa Monica lançou recentemente uma linha que traz o café moído  com um filtro individual que encaixa na xícara para aqueles consumidores que não abrem mão do café coado, mas em versão superior e prática para o preparo de uma única dose – atributos geralmente associados às cápsulas de café.

Esses são bons exemplos de que não é preciso reinventar um produto, mas que pode-se valer de uma embalagem  diferente para garantir ao consumidor afetado pela crise uma experiência de consumo superior e/ou similar àquela que ele teria no foodservice.

Para saber mais sobre o assunto, participe do nosso webinar dia 17 de outubro às 14 horas. O cadastro é gratuito e pode ser feito através do link: Tendências no Mercado de Embalagens do Brasil

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