O mercado global de artigos de luxo movimentou globalmente USD507 bilhões, um crescimento de 7% esse ano (valores correntes). Em volume, foram 7,4 milhões carros de luxo vendidos, um crescimento de 6% em relação a 2016.
No Brasil, entretanto, o cenário não segue a mesma vertente positiva. Esse segmento movimentou R$11 bilhões em 2017, uma queda de 15% comparado ao ano anterior. Embora ainda negativo, o cenário é um pouco melhor que em 2016 quando o segmento apresentou uma forte queda de 22% (valores correntes). Em volume, o cenário também é negativo com 34,8 mil unidades vendidas, queda de 20,5% em 2017.
As categorias de luxo onde há uma grande concentração de produtos com preços de entrada foram as mais impactadas. Esse é o caso dos carros. Até 2015, houve um aumento de consumidores que deram upgrade para as categorias de entrada de carros de luxo (na definição da Euromonitor International, em torno de R$150 mil). Porém, a crise econômica, as taxas cambiais voláteis e a inflação elevaram os preços dos carros, impossibilitando uma boa parcela de consumidores a se comprometerem em adquirir um carro de luxo.
Cenário futuro é otimista
O segmento de carros de luxo deverá acompanhar a esperada retomada da economia brasileira nos próximos anos. A Euromonitor International projeta um crescimento de 6% ao ano em volume de vendas até 2022. A possibilidade de personalização e, principalmente, alto nível de serviços estão entre os atributos mais buscados pelos consumidores. As marcas que souberem introduzir novos modelos alinhados com essas premissas deverão apresentar bom desempenho.